sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cautelas

Em 1959, Salazar promoveu a revisão da Constituição de 1933 para acabar com a eleição directa do Presidente da República que passou a ser eleito por um colégio eleitoral indirecto.
O risco de um "golpe de Estado constitucional", que o regime correra com a avassaladora candidatura de Humberto Delgado, ficava definitivamente afastado.
No próximo dia 21, será aprovada pela Assembleia Nacional de Angola a revisão da Constituição que consagrará a eleição do Presidente da República (com vastíssimos poderes) pela mesma Assembleia Nacional, afastando, assim, o anteriormente estabelecido "sufrágio universal, directo, igual, secreto e periódico".
Ficamos todos, seguramente, mais descansados.
[FTM]

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