Não sendo muito dado à filosofia, não posso, desta vez, deixar de saudar o texto de José Gil na revista Visão. O título não ajuda: «O não-dito da suspeita», mas a primeira frase arranca bastante bem: «Desenvolve-se actualmente no Ocidente, um processo inexorável de erosão da democracia», e vai por aí fora. Basicamente, do seu lado, fica a conhecer uma visão panorâmica da realidade em que estamos mergulhados, cheia de significado e significados.
No post «Dissolvências» no blog Funes, el Memorioso , cuja leitura igualmente se recomenda, num texto brilhante e e contundente, afirma-se: «Se quisermos voltar a dar às instituições um módico de dignidade e de decoro, ninguém - absolutamente ninguém - pode, no topo da hierarquia do Estado, permanecer onde está. Tem que haver uma varridela geral. E os lugares todos desinfectados com creolina, antes de voltarem a ser ocupados.»
Será, de facto assim? Não será uma questão de erosão e sim de dissolvência?
[FTM]
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