domingo, 3 de janeiro de 2010

Sugestões


Nos últimos tempos, a discussão "filosófica" tem sido assaltada por tratados anti-religiosos (e abertamente ateus) que procuram mostrar, ou demonstrar, a inexistência de Deus. Como se isso fosse possível. Keith Ward, professor de Teologia em Oxford, resolveu escrever uma resposta ao ateísmo moderno, e sobretudo a Richard Dawkins, o papa dessa igreja, em Why There Almost Certainly is a God. Só o título é, como se diz por aí, todo um programa: Ward não embarca em absolutismos fanáticos; mas, se tivesse que apostar, apostava na existência d'Ele. E mostra porquê, com argumentos de uma lógica impoluta. O livro diverte e informa. E mesmo que as questões de fé sejam, para mim, questões de fé (ou seja, sem possibilidade de prova racional), a prosa e a inteligência de Ward valem a leitura. Para quando uma edição portuguesa?
[JPC]

6 comentários:

Unknown disse...

não é possivel "acreditar" em algo que se "desconhece", como não é possivel "não acreditar" em algo que se "conhece".Então, se alguém fala sobre Deus, mesmo para dizer que não existe,está, desde logo, a dar-lhe existência - pessoal, diferente da que julga que os crentes têm mas, ainda assim, pelo menos na sua mente, ELE existe!

Maria disse...

As questões de fé são isso mesmo, questões de fé, não susceptíveis de demonstração racional ou científica, como bem refere. Se o argumento for, de facto, inteligente, como deixa antever no post, então de certo que valerá a pena a leitura. Todavia, uma nota relativamente ao ateísmo e aos ateus que andam tão empenhados em demonstrar a inexistência de Deus - para quê tanto trabalho a tentar demonstrar uma coisa em que não se acredita??? Não será o ateísmo, por si só, também uma questão de fé???

Helena Sacadura Cabral disse...

Curiosamente coloquei, há dias,no blogue Criativemo-nos, da Margarida Pereira, um comentário que dizia exactamente o mesmo que diz CIA!

Unknown disse...

Pois é, Helena, no pequeno mundo a que pertencemos a norma não é utilizar os dois hemisférios do nosso cérebro é - " a torto e a direito" - utilizar apenas o esquerdo.

margarida disse...

Andava eu com pezinhos de lã por aqui, a evitar pronunciar-me, a esquivar-me ao chorrilho de encómios que o Mestre me inspira com um mero espirro (ele, eu, Proust, sofremos do mesmo mal), só a puxar a atenção para o espaço (ena! Que coisa boa o finalzinho do ano trouxe à blogosfera!) e eis senão quando, vejo-me mencionada! And here, of all places!
Bem, parece que vou mesmo ter de optar pela operadora que divulga o tal canal, porque mesmo priviligiando a versão escrita, ouvi-lo(s) it’s really something else…
(time goes by, madness doesn’t…)
:)))

humano disse...

Gosto do Blog. Parabéns